O congresso da ISTH (Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia) em 2025 será realizado em Washington, D.C., entre os dias 21 e 25 de junho. O evento reunirá especialistas de todo o mundo para discutir os avanços mais recentes em trombose, hemostasia e biologia vascular.
- Troca de conhecimentos e discussão de novas descobertas científicas.
- Apresentação de novas terapias e abordagens de tratamento.
- Oportunidades de networking e colaboração entre os participantes.
- Palestras, apresentações de trabalhos científicos e exposições da indústria.
Acompanhe nossa cobertura do ISTH 2025 e fique por dentro das últimas novidades em trombose e hemostasia. Aqui você encontrará:
Professora Suely Rezende, da medicina UFMG, recebe prêmio internacional da ISTH em Washington
08 de julho de 2025
Realizado de 21 a 25 de junho de 2025, em Washington, D.C., o Congresso da Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia (ISTH) homenageou a professora Suely Rezende, do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG, com o Esteemed Career Award. Com uma carreira de décadas, Suely se destacou por suas contribuições significativas à área de trombose e hemostasia, incluindo pesquisas inovadoras, avanços clínicos e iniciativas impactantes em saúde pública.
“Este prestigioso prêmio traz uma honra que transcende qualquer indivíduo, porque a atividade científica é sempre um esforço coletivo”, disse Rezende. “Minha equipe de pesquisa, os alunos sob minha supervisão, meus colegas da Universidade de Minas Gerais e até mesmo minha família são parte íntima dessa trajetória acadêmica que tem sido reconhecida. Tenho orgulho de ser a primeira membra sul-americana do ISTH a ocupar este cargo”, relatou a professora ao ISTH.
Paixão pela hematologia
A jornada da professora Suely na hematologia começou durante seus estudos médicos, quando ela se interessou pelos casos complexos de distúrbios hematopoiéticos.
“Como estudante de medicina, fui desafiada pelos achados diagnósticos intrigantes e pelas ricas manifestações clínicas das condições hematológicas”, lembrou ela. “A possibilidade de integrar o laboratório de diagnóstico ao atendimento ao paciente, incluindo o tratamento, é uma característica única da especialidade. Depois de anos, me dediquei à trombose e à hemostasia pelos mesmos motivos. Sempre me senti atraída pela possibilidade de integrar o trabalho de laboratório (de bancada) ao atendimento ao paciente,” contou Rezende.
Atualmente, seu trabalho se concentra em modelos de inteligência artificial para prever o desenvolvimento de inibidores e os resultados da indução de tolerância imunológica na hemofilia A.
Além disso, sua equipe está explorando o papel da ancestralidade genômica nos resultados da hemofilia e trabalhando em projetos de tromboprofilaxia relacionados ao tromboembolismo venoso. Outro empreendimento promissor é sua pesquisa sobre aplicações de telessaúde em hematologia, com o objetivo de melhorar a acessibilidade à saúde e a prática clínica.
Uma líder respeitada no ISTH A
Atuante na ISTH desde 1999, ela atuou como membro do Conselho do ISTH e contribuiu para vários comitês. Suely desempenhou um papel fundamental na criação do Centro Regional de Treinamento do ISTH em Belo Horizonte, que em breve receberá bolsistas da América Latina para treinamento especializado em trombose e hemostasia.
“O ISTH faz parte da minha vida desde 1999, meu primeiro congresso do ISTH em Washington, D.C., então é icônico receber este prêmio 26 anos depois em Washington, D.C.”, disse Rezende.
Além de suas contribuições ao ISTH, a professora Rezende tem sido fundamental na formulação de políticas de saúde pública no Brasil. Atuando como conselheira do Ministério da Saúde por quase 20 anos, ela ajudou a implementar programas nacionais para o tratamento da hemofilia, incluindo a criação de processos centralizados de compra de coagulantes e o estabelecimento de um registro nacional de pacientes.
Suely também é uma defensora ativa da campanha World Thrombosis Day, motivada pela experiência de ter sofrido uma embolia pulmonar em 2011. Essa vivência a fez compreender a perspectiva dos pacientes e fortaleceu seu papel na conscientização sobre a trombose.
“Por uma tremenda coincidência, eu estava a caminho de dar uma palestra sobre trombofilia no Congresso Brasileiro de Hematologia quando desmaiei após sair da aeronave e fui internada na unidade de terapia intensiva”, lembrou Rezende a ISTH. “Agora, posso entender o sentimento de um paciente sobre uma sensação iminente de morte, falta de ar, palpitações, noites brancas em uma UTI e o medo de sangrar devido à anticoagulação.”
Ela destaca a importância das colaborações e mentores que moldaram sua trajetória, citando figuras como David Lane e Frits Rosendaal. Receber o prêmio ISTH Esteemed Career Award a faz refletir sobre seu legado duradouro na pesquisa e atendimento das desordens hemorrágicas e de coagulação,
melhorando a saúde pública no Brasil.
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