Embora em casos raros, a hemofilia também pode ser um problema para as mulheres.
Os homens são alvo principal da hemofilia, mas não exclusivo.
Houve um tempo em que se dizia que não havia pessoas do sexo feminino com hemofilia, isso era coisa de menino.
"A primeira indicação de que elas podem ter distúrbio hemorrágico é o aparecimento de menstruações abundantes."
"As mulheres podem ser portadoras do gene, mas raramente sofrem manifestações da doença."
"De causa genética, é justamente por características desse âmbito que se explica a doença atingir, prioritariamente, os homens, sendo raríssima para o caso das mulheres. Infelizmente, sem cura ainda descoberta, mas com tratamentos eficazes, explica a hematologista Soraia Teixeira Romanini.
"Praticamente, apenas os indivíduos do sexo masculino sofrem de hemofilia.
Já os homens têm um X e um Y. Na fecundação, portanto, sempre ocorre à união de um cromossomo X, que vem da mãe, com um X ou Y do pai (é o que determina se a criança nascerá menino ou menina).
É o cromossomo x que determina a hemofilia. Por isso, a probabilidade é tão pequena “, afirma o hematologista José dos Santos Quintão, do Hospital de Clínicas de Belo Horizonte.
Mas casos já foram detectados em pessoas do sexo feminino com hemofilia sem antecedentes familiares com hemofilia, onde a mãe não era portadora e nem o pai hemofílico.
Neste caso a explicação é uma alteração genética, explica o hematologista, José dos Santos Quintão, do Hospital das Clinicas de Belo Horizonte. Ainda segundo ele, pode acontecer em pessoas do sexo masculino - meninos - homens, que nunca tiveram qualquer pessoa na família com hemofilia mas nasceram hemofílicos. Como aprendemos nas aulas de biologia, nós, seres humanos, possuímos dois cromossomos sexuais.
Mulheres estão livres da hemofilia? Soraia Teixeira Romanini – As mulheres não estão livres, apesar de a presença da doença nelas ser mais rara do que nos homens.
Como o gene da hemofilia se associa ao cromossomo X, geralmente, as mulheres que herdam o cromossomo da doença apresentam 50% do fator, e são designadas como portadoras.
Raramente, entretanto, apresentam hemorragias, exceto quando seus fatores são acentuadamente diminuídos.
Em situações extremamente raras, uma mulher pode sofrer de hemofilia se o pai for hemofílico e a mãe for portadora do gene (como no caso de casamentos consanguíneos dentro de uma família que possua o gene da hemofilia). Mais raro ainda, pode ocorrer uma mutação em uma mulher apenas portadora (chamada, nesses casos, de mutação “de novo”) e ela se tornar hemofílica.
Tem se de considerar também que, não somente de hemofilia se fazem as coagulopátias, a outras deficiências de coagulação do sangue, e as mulheres podem tê-las, algumas com menor raridade, e o caso da doença de Von Willebrand.
- Hemofilia A (deficiência de fator VIII). Distúrbio hereditário ligado ao cromossomo X (afeta principalmente homens, enquanto mulheres são portadoras). A gravidade dos sangramentos depende do nível de fator VIII. Se o nível for muito baixo, causa sangramentos graves a partir do nascimento. Se a deficiência for moderada, causa sangramento durante cirurgias ou procedimentos odontológicos.
- Doença de von Willebrand. Distúrbio autossômico causado por deficiência ou alteração do fator von Willebrand, uma proteína que participa da adesão das plaquetas no local da lesão vascular. Pode estar associado à deficiência de fator VIII.
- Hemofilia B (ou doença de Christmas, deficiência de fator IX).
- Deficiências isoladas de fatores II, V, VII ou X.A
Relato de Uma Moça Com Hemofilia:
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SINAIS E SINTOMAS
O fator que mais influencia o número de administrações é a gravidade da hemofilia.