Francisco Batista teria Morrido Em
Decorrência da Demora No Atendimento.
Segundo a
família houve demora para providenciar o fator decoagulação, medicamento usado pelas pessoas com hemofilia, sem o qual não se conseguem controlar as constantes hemorragias que sofrem.
Ministério Público investigou a morte
de Francisco que pode ter ocorrido por falta do medicamento, o fator de
coagulação de que os hemofílicos precisam.
De acordo com Diana, o Fator só chegou em
Altamira na quarta-feira (4), às 20h30, no aeroporto. “Às 21h a minha sobrinha
entregou na sala de transfusão do Regional e 21h40 eles desceram para avisar
que meu filho tinha ido a óbito”, relata ainda a mãe do paciente.
A diretoria do Hemopa em Altamira disse
que o Fator VIII é fornecido exclusivamente pelo SUS e estava em falta no
município.
Mas o órgão garantiu que um medicamento
com o mesmo efeito, chamado "Feiba", teria sido aplicado no paciente.
De acordo com o hemocentro, o envio do Fator VIII de Belém para Altamira teria
sido feito com agilidade.
A família de Francisco ainda recorreu ao
MPE para tentar agilizar o envio do medicamento Fator VIII de Belém para
Altamira.
Tanto o Hemopa quanto o Hospital Regional foram notificados e
apresentaram resposta ao ofício do promotor alegando que a medicação necessária
havia sido ministrada ao paciente.
Mas, o MPE na cidade pretende ouvir os
familiares para saber as circunstancias da morte de Francisco.
Família do jovem alega que não
havia medicamento em Altamira. Médicos devem ser ouvidos pelo
Ministério Público.
Os familiares do
agricultor já prestaram depoimentos.
Os médicos que atenderam o jovem e os
representantes do Hemopa também dever ser ouvidos.
No inicio deste mês, Francisco
Batista, de 28 anos, morreu no hospital regional da Transamazônica, em
Altamira.
Segundo a família, o agricultor precisou do medicamento que auxilia
no controle da hemorragia em pacientes hemofílicos, mas o remédio estava em
falta no Hemopa do município.
A hemofilia é uma doença genética
hereditária rara que torna o corpo incapaz de controlar sangramentos e, apesar
de ainda não ter cura, pode ser tratada.
De acordo com a Federação Brasileira
de Hemofilia (FBH), o Pará é o estado com maior número de pacientes com a
doença na região Norte, somando mais de 300 pessoas.
Segundo a representante da FBH,
Cristiane Oliveira, a principal dificuldade é o acesso ao medicamento para
tratamento da doença. “A distância que existe dos municípios dado a extensão
territorial do nosso estado, de chegarem até a capital para terem um tratamento
eficaz”.
A médica hematologista
responsável pelos pacientes em Belém, Yeda Pinto, diz que os medicamentos estão
disponíveis nas nove sedes do Hemopa em todo o estado.
“O medicamento é mantido
sob a guarda das diversas unidades do Hemopa no estado inteiro e se um paciente
portador de hemofilia internado no hospital que tenha necessidade do fator, é
só o hospital solicitar, faz uma solicitação médica e dependendo da necessidade
a gente vai disponibilizar o que for necessário”.
Quando Marcos completou um ano de
idade, Daniela Oliveira descobriu que ele era hemofílico.
Atualmente, com três
anos, toda a semana ele vem de Bragança, no nordeste do estado, para a capital,
para receber a medicação do tratamento no Hemopa.
“Antes ele tinha dificuldade
de andar, problemas na articulação, não pode bater joelho, braço. Ele não
conseguia andar e hoje tem uma vida normal a partir do medicamento”, conta a
mãe.
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"Com muito pesar comunicamos o falecimento de Leandro
Guimarães, filho da presidente a Associação dos Hemofilícos do Estado do
Amazonas.
A FBH e todos os seus associados estão unidos a dor desta família,
que não mediu esforços para proporcionar uma vida vida plena para seu filho
Leandro, um grande guerreiro.
Que O Senhor conforte e console toda a família e
o receba na Paz. (Mariana Battaza - vice presidente da FBH)."
NOTA DO BLOG
Uma perda irreparável e uma situação lamentável, o
falecimento se deu em função de infeção após uma cirurgia para colocação de uma
protese. Uma fatalidade.
(Maxi Anarelli)