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O cirurgião cardíaco Ashish Shah, do Johns Hopkins Hospital, um dos melhores dos EUA: medicina de primeira…
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O repórter exibe uma fotografia de um garoto recebendo atendimento no chão de um hospital público, de forma improvisada, por causa da falta de leitos. Encurralado, o político tenta se esquivar mas acaba admitindo que o sistema de saúde falhou.
A cena soa familiar para qualquer brasileiro que assista ao telejornal local, mas na verdade ocorreu com o primeiro-ministro britânico Boris Johnson no começo de dezembro.
Assim como o Brasil, a Inglaterra tem um sistema único de saúde mantido pelo Estado. Assim como no Brasil (embora em escala muito menor), pacientes se queixam da demora por atendimento.
Cenas do tipo praticamente inexistem nos Estados Unidos. Justamente por ter um setor de saúde majoritariamente privado é que os Estados Unidos conseguem oferecer uma cobertura mais ampla, com atendimento mais célere.
Incentivo à competição
Ao contrário do que diz o senso comum, a falta de um sistema único de saúde e o pequeno número de hospitais públicos não significam que os mais pobres não têm acesso a tratamento de saúde nos Estados Unidos.
As regras variam de acordo com os estados, mas um princípio geral vale para todos: em vez de manter hospitais, os governos (federal e estaduais) priorizam o auxílio nas despesas com seguro-saúde para os que não podem pagar.
Famílias de baixa renda podem participar do Medicare, que oferece cobertura a custo zero.
O Medicare permite que o paciente escolha a seguradora que quer contratar. Com isso, há um incentivo à competição e, como consequência, um aumento na eficiência do atendimento.
O setor privado tem uma capacidade maior de se adequar às demandas, o que é muito mais difícil no setor público emperrado pela burocracia.
Uma outra consequência desse sistema é que, como regra, não há hospitais de primeira e segunda classes como no Brasil. Karina Brahemcha, enfermeira brasileira que trabalha nos Estados Unidos, diz que na cidade onde trabalhou, no estado do Maine, não havia distinção: “O paciente rico e o pobre iam para o mesmo hospital e têm o mesmo tipo de tratamento”, diz ela, que se lembra de ter atendido moradores de rua no hospital particular.
Há ainda outras opções para os americanos de baixa renda. É comum que hospitais universitários ofereçam tratamento a custo zero ou muito reduzido.
Além disso, entidades beneficentes auxiliam as pessoas a pagarem os custos de tratamentos de saúde caso elas tenham uma renda muito alta para entrar no Medicare e precisem arcar com alguma despesa médica inesperada.
Por fim, em alguns estados e cidades, há unidades públicas de saúde que oferecem preços simbólicos para serviços mais básicos.
Na Filadélfia, por exemplo, há nove pontos de atendimento como esses, que equivalem aos postos de saúde brasileiros.
Fonte: https://www.msn.com/pt-br/noticias/mundo/como-funciona-a-sa%C3%BAde-nos-estados-unidos-sem-sus-mas-com-atendimento-garantido/ar-BBYF2qk
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