O Tratamento?
Os cães hemofílicos apresentam episódios recorrentes de hemorragias e necessitam de terapias de reposição de fatores de coagulação periódicas, que podem ser feitas com sangue fresco, plasma fresco ou
crioprecipitado.
Além disso, devido à perda recorrente de sangue, os pets também podem apresentar quadros graves de anemia. Nestes casos, o tratamento é feito com o auxilio de uma transfusão de concentrado de hemácias.
DOAÇÃO DE SANGUE EM ANIMAIS
Os animais também podem ser doadores de sangue e ajudar a
salvar vidas. Para ser um doador, um cão precisa estar com a saúde em dia e ter um temperamento tranquilo e preencher os seguintes requisitos:
- Pesar mais do que 25kg;
- Ter idade entre 2 e 7 anos;
- Estar com a carteira de vacinação em dia e vermifugação em
dia..
- Não ter apresentado carrapatos recentemente e serem
negativos para hemoparasitoses: doenças como a babesiose, erliquiose e doença de Lyme recentemente, mesmo que elas tenham sido tratadas de maneira bem sucedida;
- Não estar no cio, no caso das fêmeas;
- Nunca ter recebido transfusão de sangue.
Hemofilia A em um cão Dachshund:
Magnus Larruscaim Dalmolin, Luciana de Almeida Lacerda,
Simone Tostes de Oliveira Stedile, Viviane Pedralli, Ana Cláudia Tourrucôo
O objetivo deste trabalho foi relatar um caso de hemofilia clássica canina. Um cão da raça Dachshund, macho, de um ano de idade, foi atendido em hospital veterinário de ensino devido a uma intensa epistaxe há mais de um dia. O paciente apresentava membranas mucosas pálidas, hematomas no pescoço, apatia e condição corporal magra.
Devido à anemia grave o cão recebeu transfusão de sangue total fresco compatível e, durante o procedimento, a hemorragia cessou.
Após recuperação clínica (cerca de 20 dias), o paciente foi encaminhado para orquiectomia e um dia após a cirurgia retornou ao hospital apresentando anemia grave, hemorragia escrotal intensa e hematomas abdominais.
A hemorragia foi interrompida após outra transfusão de sangue total fresco compatível.
A avaliação da hemostasia identificou tempo de sangramento da mucosa bucal, tempo de protrombina e concentração do antígeno do fator de von Willebrand dentro dos valores de referência.
No entanto, um prolongamento do TTPA (39 segundos) e uma redução na atividade coagulante do fator VIII (1%) foram identificados. Com estes resultados, o paciente foi diagnosticado com hemofilia A severa.
Atualmente o paciente é mantido com boa qualidade de vida e os episódios hemorrágicos são controlados com sangue total fresco compatível (quando há necessidade de hemácias), plasma fresco congelado ou crioprecipitado.
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RELATO DE CASO EM PDF
FONTE; *Viviane Azevedo Ferreira Côrtes é médica veterinária responsável pelo atendimento de hematologia do Pet Care, junto com a Dra. Ludmila Rodrigues Moroz.
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