Adolescentes, convivem com mudanças no corpo, nos sentimentos, e ainda cheios de cobranças, tanto dos pais como da "turma", de serem aceitos pela "galera", tudo isso são partes de uma equação que geram muitos problemas e dilemas, e ainda mais em quem tem hemofilia.
Ter de conviver com frequentes hemorragias, limitações, "cobranças de que não pode se machucar" - só quem tem hemofilia entende aquela frase que vem dos pais: "se machucou de novo??"
Adolescentes são sempre cheios de dúvidas, e quando se é hemofílico, essa é somente uma duvida a mais.

O dialogo é o mais importante.
Uma dica: Coloquem se no lugar de suas mães, e mães, coloquem se no lugar de seus filhos, procurem olhar o lado um do outro. Você não é mais criança, está crescendo. Seus pais passaram mais de uma década aprendendo como melhor cuidar de você para que tenha uma vida saudável.
Passaram horas falando e ouvindo especialistas em hemofilia para assegurar a você um melhor tratamento e prevenção nos episódios de sangramento.
Cabe a você agora aprender a se cuidar sozinho e a se prevenir desses episódios.
Aprenda a conhecer o seu corpo e como ele funciona, isso é fundamental para a prevenção e controle de episódios de sangramento, independentemente se você tem 16, 25 ou 60 anos de idade." (Retirado de Criando uma Criança com Hemofilia na América Latina)
Os conflitos de geração tendem a acontecer, e mesmo os conflitos consigo mesmo. E ainda mais sendo hemofílico.
A hemofilia não será um problema, a menos que você permita, você pode sim, ter liberdade com a hemofilia. Pode sair, viajar, passear, lembrando que, você cresceu, mas ainda não é um adulto, lembre se que seus pais sabem o que é melhor pra você - mesmo que não tivesse hemofilia, você não pode tudo, a limites pra tudo na vida.
No caso da hemofilia, é preciso antes de tudo aceita-la e buscar a autonomia para viver bem com ela, conhecendo seu próprio corpo e limites e aprendendo sobre seu tratamento.
PREVENIR É MELHOR QUE REMEDIAR
Nesse caso converse com seus pais e seu médico.
A EQUIPE DE SAÚDE NO CUIDADO DA PESSOA COM HEMOFILIA:
Os autores Santos e Sebastiani (1996) apontam que aos profissionais da área da saúde cabe não pensar somente em termos da doença, mas sim, acima de tudo, em termos de um ser humano que necessita de cuidados e atenção.
- Adolescentes, levantamento de sintomas depressivos e orientações em crianças com hemofilia, Santos e Sebastiani (1006)