Reportagem da revista Istó É, de 2008 mostram que, Auditorias mostram falhas do Ministério da Saúde que comprometem produção de remédios para hemofílicos.
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Mesmo assim, bolsas de plasma sanguíneo, fundamentais para a produção desses medicamentos, vinham em estragando em pelo menos 14 hemocentros das principais capitais brasileiras.
Ministério informa que Temporão não conhece ação do Ministério Público.
A falta de remédios para o tratamento de hemofílicos é uma realidade na rede de saúde pública em todo o País. Mesmo assim, bolsas de plasma sanguíneo, fundamentais para a produção desses medicamentos, vêm estragando em pelo menos 14 hemocentros das principais capitais brasileiras.
A origem do problema está na forma de armazenamento do sangue e em outras irregularidades nos centros de transfusão.
Foi o que revelaram auditorias, às quais ISTO É teve acesso, feitas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo laboratório francês LFB, contratado pelo Ministério da Saúde para produzir remédios anticoagulantes.
As inspeções identificaram a existência de fungos e de poeira nos locais onde o sangue é guardado, presença de caixas além do limite de armazenagem, bolsas retorcidas e com fuligem, falta de controle da temperatura dos freezeres e indícios de descongelamento indevido do plasma, tornando-o inadequado para a produção dos remédios.
Como resultado, no mínimo 260 mil bolsas de sangue ficaram comprometidas.Com base nas auditorias, o Ministério Público (MP) vai enviar ao Tribunal de Contas da União (TCU) nesta semana uma representação na qual responsabiliza os hemocentros e o Ministério da Saúde pelas irregularidades.
"Os principais erros foram a omissão e a falta de fiscalização", afirmou o procurador Marinus Eduardo De Vries Marsico, autor da representação, que também pede ao TCU para incluir os hemocentros em sua programação de auditorias.
Fonte: Revista Istó É, 22 de outubro de 2008, pag.47.
Entenda Mais Sobre O caso

Os fatores de coagulação, fator VIII, IX e X, são componentes do sangue, que os hemofílicos produzem deficientemente, e devido a istó estão propensos a hemorragias que não cessam naturalmente de forma fácil, e em alguns casos, só cessam mesmo com intervenção - hemofilia A deficiência de fator VIII e B do X - cada qual de acordo com a quantidade no sangue, define o paciente em leve, moderado e grave.
O tratamento, feito com reposição do fator faltante, quando das hemorragias ou em profiláxia em alguns casos.
É o fator hemoderivado, retira-se o sangue de doadores, e do plasma, extrai-se apenas o sangue, o plasma serve a outros pacientes com outras enfermidades.
Os concentrados de fator somente são produzidos por poucos laboratórios do exterior - o plasma coletado aqui, segue de contêiner refrigerado até o exterior, lá os fatores são extraídos.
fator passa por processo de purificação, envasados em frascos a vácuo e voltam em contêiner refrigerado ao Brasil. O plasma da reportagem, aguardava viagem para ser beneficiado.
Operação Máfia dos Vampiros
Os contratos anulados são decorrentes de concorrências internacionais destinadas à aquisição de hemoderivados para o tratamento de hemofílicos. O Ministério Público aponta várias irregularidades nos processos, como violação do sigilo das propostas e combinação prévia dos preços ofertados.
Segundo a ação, três empresas faziam acordos para garantir a divisão do mercado de hemoderivados. Os preços eram previamente combinados, assim como a parte que cada uma ganharia nas concorrências.
É um fato que, no caso dos fatores de coagulação usados pelos hemofílicos, apenas uma parte é produzida com plasma brasileiro. Mas quem doa sangue espera que o seu sangue seja usado para ajudar as pessoas. E, essa pequena parte pode fazer falta no tratamento da hemofilia sim. Além de que, outras doenças dependem do plasma. Lembrando que está reportagem é de 2008, que hoje isto é coisa do passado.
FONTE: ISTÓ É; O Globo;
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