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Veja As Últimas Nóticias doMundo da Hemofilia.Atualizado em 18 de março

HEMOBRÁS AVANÇA


  • Written by Sora Templates

    Hemobrás Inaugura Mais Uma Etapa, Bloco da Fábrica de Hemoderivados. Deve Começar a Produzir em2025

PARCERIA


  • Written by Sora Templates

    Convênio acadêmico Cientifíco entre ABRAPHEM e Faculdade Mackenzie

 

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DIA MUNDIAL




 

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NOTÍCIAS


NOTICIAS VISITAMOS Á FÁBRICA DA. HEMOBRÁS


ILUSTRAÇÃO

Dia 22 de abril visitamos á fábrica da Hemobrás em Recife. Esse ano onaugurado bloco 7. Grandes avanços rimo á conclusão. Clique e leia tudo
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NOTICIAS NOSSO DIA HOJE


ILUSTRAÇÃO

Hoje, dia mundial da hemofilia.. Dona Hemofilia apareceu, hemorragia. Mas hoje muitos eventos que seguem rodo mês. Tive matérianum jornal, Painéis digitais presente fa Patty.
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TERAPIA DE RNA


ILUSTRAÇÃO

A Promessa É Tratar A Hemofilia Com 6 Injeções Anuais. Terapia Por RNA Pode Trazer Revolução. A reportagem é da VEJA Os estudos estão na fase 3.

DÁRIO DE BORDO COM H


ILUSTRAÇÃO

Hoje o Diário do Aço publicou uma matéria sobre minha história e falando dos avanços no tratamento da hemofilia e da vjagen quenvou fazer á viagem para visitar a fábrica da Hemobrás.


ttttttt


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opinião

ILUSTRAÇÃO

Direitos? Quais direitos de quem tem hemofilia. Embora hoje o tratamento seja melhor dificuldades ainda existem e precisamos mais direitos. A mães que criam os filhos sozinhos e tem dificuldades de trabalhar, hemofílicos com sequelas... mas sem apoio ou assistência.



histórias




fatos interessantes


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PUBLICADO PROTOCOLO DE USI DO EMICIZUMABE PARA PESSOAS COM INIBIDOR

Publicada a PORTARIA que aprova o Protocolo de Uso de Emicizumabe para tratamento de pessoas com hemofilia A moderada e grave e inibidores do fator VIII da coagulação sanguínea. 


O Hemicibra/Emicizumabe  foi aprovado para pessoas com inibidor, mesmo sem ter tentado tratamento por imunotolerância. 



 Em 2018 já havia sido aprovado ora quem tinha jnobidor, mas que tivesse tentado imunotolerância e não tivesse dado certo. Aprovado agora para todos Com INIBIDOR. 


 ENTENDA 

 Em 5 de julho de 2018 foi aprovado e publicado 2018 protocolo de uso pra quem tem inibidor. Mas que tentasse imunotolerância e não desse certo. 



 Em julho aconteceu a 2023 consulta pública sobre uso de Emicizumabe pra quem tem inibidor mesmo sem tentar imunotolerância. Em 28 de agosto foi aprovado Emicizumabe para todos com inibidor mesmo sem tentar a imunotolerância.


 A partir dali teria um prazo de 180 dias para elaborar o protocolo. Ontem o protocolo de 2024 uso do Emicizumabe para pessoas com hemofilia A, com inibidor, mesmo sem tentar a imunotolerância foi aprovado. 


 Ainda... 

 O fator de meia vida estendida, Alfadamoctocogue pegol também está aprovado pelo CONITEC desde 2021 mas nesse caso aguarda elaboração do protocolo que a partir da aprovação da CONITEC deveria ser publicada em 180 dias. Durante a 101ª Reunião Ordinária, no dia 1º de setembro de 2021, a Conitec recomendou por maioria simples a incorporação no SUS do alfadamoctocogue pegol para a profilaxia secundária em pacientes com Hemofilia A, a partir de 12 anos, previamente tratados e sem inibidor no SUS.

 Participamos dessa reunião da CONITEC como representante dos pacientes. Aguarda se a elaboração do protocolo do Alfadamoctocogue.


 

visita á Hemobrás













 



 

ERROS E DESCONHECIMENTO MÉDICO DA HEMOFILIA

NEGLIGENCIA OU DESCONHECIMENTO 

Erros, Quase erros e Desconhecimento da Hemofilia Levam A Perdas Irreparáveis. 

Por Hemofilia News


17 de abril é  dia mundial da hemofilia. São  muitas histórias. Algumas não  alegres.  Falo dos que partiram pra junto de Deus. 

A perda de um filho, um ente querido é  irreparável. Mas saber que pelo menos não foi vão e pode servir de exemplo para que outros casos nao ocorram pode amenizar. 


E se tem a triste lembrança  da partida, da saudade que fica, cultivemos as boas lembranças dos momentos que estiveram entre nós.

Além disso, muitos partiram precocemente e por circunstâncias adversas. Erros, falta de conhecimento, quando esses fatores estão envolvidos a dificuldade de lidar é maior. Mas precisamos lembrar pra que conhecendo a história não se repita. 


A ideia de escrever sobre esse tema veio quando recebi uma mensagem de uma mãe. A Tayani mãe do Gustavo. Acompanhei conversando com ela na época do ocorrido, até o desfecho trágico. Não só trágico, poderia ter sido evitado. Negligencia e erro médico é o que parecia, o que tornava mais amargo o sentimento. A esperança de que, pelo menos se fizesse justiça. Isso faz uns 5 anos. Como é lenta a nossa justiça. Porém dizem que a justiça tarda nas não falha. Foi a noticia que a mãe me enviou em uma mensagem no dia 28 de fevereiro de 2024. Um dia antes a justiça reconheceu que houve erro médico e negligência. Inclusive cassando o direito de exercer a medicina pelo medico. 

A condenação não repara a perda, mas da sensação de justiça e a certeza que pelo menos esse profissional não cometerá o mesmo crime.  Afinal negligência é  crime e inclusive foi condenado.. 


A morte do Gustavo  foi por causa de uma aplicação de bezetacil, que não pode ser aplicada em pessoa com hemofilia. A mãe, a Tawany,  avisou que não podia aplicar sem fator, além disso a mãe apresentou carta de recomendação do Hemocentro que dizia, primeiro que bezetacil não podia e segundo ele ainda é intramuscular, o que não poderia pela hemofilia também. Outra médica, uma pediatra teria ligado pro centro de tratamento e confirmado que não deveria aplicar. Mas o médico teria insistido. E infelizmente o pior aconteceu. Em setembro fará 5 anos que está na justiça. O falecimento foi e Agosto de 2019. Segundo a mãe não foi uma fatalidade. E de fato, havia informações de que não poderia fazer a medicação, a mãe avisou que não poderia e o mesmo insistiu. A mãe conta, se fosse uma fatalidade eu não teria entrado na justiça. Mas não foi, meu filho foi tirado de mim. O Gustavo estava bem. Ainda segundo a mãe era um hematoma superficial. Não havia necessidade de aplicar Brzetacil. O médico teria alegado que a criança estava com febre. Aplicou bezetacil e deu alta. A criança piorou e a mãe levou de volta ao hospital. O médico alegou que o paciente, o Gustavo estava com infecção. O que justificaria a aplicação da medicação. Mas os exames deram normais. 

 Por essa sucessão de erros e negligências a justiça condenou o médico, 5 anos depois.

 Infelizmente este não é o único caso. 

 É fato que a hemofilia é rara, desconhecida, mas se o médico ou outro profissional de saúde desconhece deve ter a humildade de admitir e se informar. Isso não é sinal de incompetência ou fraqueza. É  normal o desconhecimento da hemofilia por sua raridade, isso é compreensível, ignorância e não admitir o desconhecimento e colocar vidas em risco. Isso não vale só pra hemofilia, mas para outras doenças e condições raras.

 Infelizmente porém o caso do Gustavo não é o único. 

 O filho da Marciele Alvez também faleceu por um suposto erro médico. Suposto porque nesse caso não houve julgamento e portanto não tem uma decisão judicial a respeito. . Mas os indícios são muito fortes de negligência e o erro evidente.

 A Marciele Alves tinha dois filhos com hemofilia, Vicente e Theo. O Vicente não está mais entre nós. O Theo é uma criança ativa e brincalhona. Vicente começou ter hematomas com 6 meses de vida, conta a mãe. "Aos 7 descobrimos a hemofilia. Ele era alérgico a dipirona e a penicilina. Teve uma infecção na garganta por causa da febre teve convulsão e o médico mesmo sabendo que ele era alérgico aplicou dipirona na veia dele", relata a Marciele. Deu um sangramento Craniano. Uma das mais temidas hemorragias na hemofilia. Mas o médico não aplicou fator e continuou fazendo dipirona e diazepan. E por causa da hemofilia a hemorragia acabou levando o Vicente a óbito. Nas palavras da mãe, meu pequeno foi morar com Deus.

 Poderia ter sido evitado? Possivelmente sim. 

Existe muito desconhecimento da Hemofilia, e até do básico, o caso do filho da Viviane Braga.

 O pediatra que o acompanhava desde o nascimento, mesmo sabendo que a mãe, a Viviane tinha um tio portador de hemofilia, e seu filho. Kaíque cheio de hematomas, garantiu que o filho não tinha hemofilia. Sendo que a hemofilia é hereditária. 

 Nesse caso desconhecimento, mas a casos piores, de negligência. 

 Como caso da Marlene Schmitz, Meu o foi parar na UTI por dias por causa de um sangramento Os médicos só colocavam curativo... "assim foi por muito tempo até descobrir que tinha hemofilia", ela diz. Ainda segundo ela, "na minha cidade hoje ainda tem médicos que não sabem ao certo oque é hemofilia. No caso do filho da Claudia de Jesus felizmente o desfecho foi melhor. O filho dela tem Hemofilia "A" grave e sofreu uma queda da cadeirinha de alimentação e bateu com a cabeça no chão, levaram ao pronto socorro da cidade em que moram, segundo a mãe o pediatra nem a mão nele colocou e disse que eu poderiam ir pra casa tranquilos que o filho estava bem. "Saímos de lá e fomos ao pronto socorro de outro hospital mais próximo e lá foi feito Tomografia e o laudo deu que ele teve Traumatismo Craniano e Coágulo no Cérebro. O Neurologista disse que teria que operá-lo o mais rápido possível senão dali a 2 a 3 horas ele entraria em coma seguido de morte cerebral. Ele passou pela cirurgia e graças a DEUS correu tudo bem", diz a mãe. Depois teve algumas complicações, ficando 41 dias no CTI (14 dias entubado). Precisou fazer várias cirurgias, no total foram 10. A mãe conta que hoje ele está com 14 anos e graças a DEUS está tudo bem., disse a mãe Claudia de Jesus. Ela completa, Se eu tivesse voltado pra casa com ele depois do primeiro atendimento,meu filho hoje não estaria aqui.

 Como se vê casos assim não são comuns. 

Outra situação parecida aconteceu com o filho da Vânia Santos. Ela conta, "Aqui não chegou ser um erro porque eu sou mais "experiente" que a maioria dos médicos que não conhecem nada sobre hemofilia. Mas o meu filho na época adolescente bateu a cabeça com força e começou vomitar logo depois. Aqui no Distrito Federal o hemocentro só funciona em horário comercial e primeiro fiz o fator em dose alta e depois levei ao pronto socorro de um grande hospital militar daqui. Depois de 8 horas esperando por tomografia e avaliação de neurologista, eu achei melhor refazer o fator pois meu marido já tinha buscado uma 2° (segunda) dose em casa e também o laudo do hematologista assistente com toda orientação para caso suspeito de sangramento cerebral. Mas o médico de plantão recusou fazer o fator sem meu filho ser avaliado pelo neuro. "Então eu mesma comecei preparar o fator pra aplicar , mesmo ele estando no hospital. Quando me disseram que eu não podia... eu respondi que se me impedissem eu chamaria policia por omissão de socorro deles". Fiz o fator, e só 3 horas depois ele fez a tomografia e foi avaliado por neuro. Estava "só com uma concussão cerebral" e foi liberado.(não chega ser trauma) Nesse meio tempo já tinha amanhecido e levei meu filho pro hematologista dele. E continuou o fator por 7 dias. Com certeza o que evitou o sangramento e graves consequências, foi fazer o fator imediatamente. 

É um relato bem impactante o da Vânia pois se não fosse a insistência dela o pior poderia ter ocorrido. 

 A Diana Cruz, outra mãe, conta que Já deram injeção intramuscular para vômito ao seu filho, o que não é recomendado em quem tem hemofilia ela diz que faliu mesmo que não podia, mas insistiram e ela não permitiu.

 Outra situação que ela narra é de quando levou o filho ao hospital, após caírem de moto, ela conta, "lá o médico mandou embora, sem fazer nada , e disse que não tinha problema, a queda, relata ela, que completa, Infelizmente os médicos alguns deles, deixam o ego falar mais alto, e não admitem que não conhecem determinada doença".

A história da Débora Carlos Embora que tem 3 filhos hemofílicos é um exemplo de como deveriam ser as coisas. Mostra como deve ser o cuidado com quem tem hemofilia. Ela diz, "o meu nenê de 1 ano e 10 meses caiu bateu a cabeça levei ele no medico e ele passou pelo neurologista em seguida o neurologista me disse, mãe ele vai ter que ir pra UTI porque ele pode entra em coma e ter que fazer uma cirurgia de emergência. Deu um coágulo no celebro do henry mas graças a Deus ele fez fator na UTI de 12 em horas mas graças a Deus ele não precisou fazer cirurgia... ele fez uma tomografia dia 19 de fevereiro ele passou pelo neuro dia 12 de março e o coágulo sumiu... 
 depois que ele ganhou alta da UTI ele fez tratamento em 30 dias mas valeu apena fazer fator 3 vezes por semana ir no hospital, disse Débora. 

 A agilidade do médico de encaminhar pra UTI, tratar como se houvesse uma hemorragia antes de mais nada foi fundamental. 

 Ao contrário dos outros casos ele agiu corretamente. Foi uma situação tensa, grave, mas que teve um final feliz.

 Final feliz que não aconteceu pro filho da Cintia dantas. Nas palavras dela, " Meu Mateus virou anjo por uma série de erros, desde seu nascimento! Quando ele estava com 4 meses de vida apareceu várias manchas roxas e acharam que eu ou o pai estávamos espancando ele. Quando ele teve a 1° hemorragia intracraniana, chegaram a chamar psicólogos e assistente social para nós investigar. Foram mais de 15 médicos e nenhum conseguia diagnosticar. Somente quando contratamos um hematologista Dr. Israel, que veio o diagnóstico em menos de 4 horas. Mateus era Hemofílico B grave. Nesse meio tempo os médicos já tinham liberado para o pai ficar junto comigo na UTI porque não tinha mais o que fazer. Foi aí que surgiu mais uma anja Dra. Cris que levou o fator e assim Mateus foi "melhorando" dentro da gravidade dele. Foram 65 dias de UTI, 3 hemorragias intracraniana, 7 cirurgias. Sequelas irreversíveis ( ficou cego, parte cognitiva afetada gravemente, hidrocefalia e paralisia do lado esquerdo). Eu me sentia em um campo de guerra. Quando Mateus estava prestes a ter alta da UTI, contraiu COVID( dentro da UTI) e não resistiu. Meu marido até queria processar o hospital, mas pra mim só ia causar mais dor e sofrimento. Com minha experiência, é triste em dizer, mas é um despreparo absurdo quando se trata de Hemofilia. Não desejo pra ninguém essa dor e culpa que carrego diariamente". Essas são palavras dela, dessa mãe. 

E aqui, eu, deixo meu papel de jornalista e editor do blog, do canal e do podicasting, e falo como pessoa com hemofilia, não é culpa dessa mãe. Mas de desconhecimento da sociedade da hemofilia e principalmente por parte dos profissionais de saúde. Essa mãe não tem culpa, ela é vítima. Não deve carregar peso ou culpa. 

Eu tenho hemofilia. Nasci no final dos anos 70. Quando comecei a engatinhar manchas roxas surgiram. 

Meus pais me levaram a vários médicos, mas nenhum sabia explicar o porquê daquilo. Um dia cai e cortei o queixo por fora e a língua por dentro, saia muito sangue. 

No hospital o médico deu ponto e mandou pra casa. Meu pai achava que não estava certo, o sangramento continuava. Sujei de sangue lençol e travesseiro. 

No dia seguinte de volta ao hospital. Mas os médicos não entendiam porque não parava de sangrar. Simplesmente disseram que não havia o que fazer. Era esperar. Indignados mas sem o que fazer meus pais voltaram pra casa. Tentavam tudo que as pessoas indicavam, e nada resolvia. Foram em outros médicos. Um queria extrair uma das manchas e fazer biopsia por mais absurdo que pudesse parecer. Nessa altura havia perdido muito sangue.

 Meus pais não sabiam o que fazer. Então meu padrinho falou de uma clínica particular na cidade vizinha. 

O médico e dono da clínica logo suspeitou de hemofilia. E disse que eu havia perdido mais de um terço do meu sangue. E isso era crítico. Eu estava com risco de morte iminente. Meio no improviso ele fez uma transfusão do meu pai pra mim, teve de coletar mais do que era recomendando em uma doação do meu pai. Risco pra ele também, mas eu precisava daquele sangue urgente. Mas tal grave era meu caso, que não havia certeza que daria certo. 

Mas graças a Deus deu certo. E fui encaminhado pra capital, Belo Horizonte onde fui internado no hospital Felício Roxo. Coincidência? Lá finalmente fui diagnosticado com hemofilia A leve. A 10 anos refiz exames com base em processos mais modernos e não era leve, sou A moderado. 

Da época das transfusões não seguras dos anos 80, através do crio peguei hepatite b, que meus anticorpos inativaram. E hemofilia C, não tive sintomas. Ano passado usei um novo medicamento incorporado ao SUS, o ledipassivir e me livrei dos vírus da hepatite C, assintomática mas que se tivesse uma queda da imunidade poderia atacar. 

Hoje sou auxiliar educacional, meu sonho fazer faculdade de jornalismo. Brinco que sou meio jornalista por causa do Hemofilia News.

 E essa é uma matéria exclusiva pelo mês do dia mundial da hemofilia. Um alerta da necessidade de divulgar mais a hemofilia, de mais humildade por parte de alguns médicos e profissionais de saúde e que os que partiram não o tenham feito em vão.

 Que nenhuma mãe perca mais seu filho por negligência ou erro médico.

PACIENTES AGUARDAM DISPONIBILIZAÇÃO DE NOVO TRATAMENTO PARA HEMOFÍLIA

Pacientes com hemofilia aguardam disponibilização de tratamento no SUS

Publicação de PCDT é o próximo passo para acesso a nova terapia


Pacientes com hemofilia aguardam disponibilização de tratamento no SUS Publicação de  PCDT (Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas) é o próximo passo para acesso a nova terapia. 

  Ao longo dessa última década, a medicina avançou muito e hoje há tecnologias mais novas que podem melhorar a qualidade de vida do paciente e sua adesão ao tratamento, com menor número de infusões, a depender de cada pessoa⁵. 

Outro ponto positivo dessa inovação está na configuração da molécula, que fica mais tempo circulante no organismo, dessa forma, protegendo o paciente por mais tempo contra sangramentos espontâneos⁷. 

Uma profilaxia mais flexibilizada, com mais opções relacionadas à dose e frequência, facilita a adequação para o dia a dia do paciente, melhorando a adesão e prognóstico da doença⁷. 

Fico imaginando como deve ser sofrido fazer, em alguns casos, infusões diárias de medicação na veia, e o quanto eu me sentiria melhor se fosse possível reduzir a frequência dessas aplicações para, por exemplo, uma vez por semana. 

 Além de todas essas características técnicas positivas, o novo tratamento, que foi incorporado ao SUS há mais de um ano, traz também economia aos cofres públicos⁸ porque seu preço é mais baixo do que é pago atualmente pelo Ministério da Saúde para aquisição da tecnologia mais antiga, atualmente oferecida. 

 De acordo com um painel feito com médicos brasileiros³ e publicado recentemente, essa nova tecnologia atenderia e beneficiaria especificamente alguns perfis importantes de pacientes, tais como aqueles com perfil sangrador, com farmacocinética desfavorável, com baixa adesão e aqueles que são mais ativos no dia a dia. 

Como os médicos especialistas participantes do painel disseram, “alguns pacientes interrompem o tratamento por causa da necessidade de múltiplas infusões e do tempo gasto com elas” e “adultos e adolescentes têm muita dificuldade de organizar e conciliar as atividades diárias com as infusões endovenosas”. Sem contar a dificuldade crescente de acesso endovenoso devido às múltiplas infusões, algo que também foi mencionado na publicação³. 

 A incorporação de uma nova tecnologia para o tratamento de hemofilia no SUS foi um importante primeiro passo, e agora há um caminho a percorrer para que ela esteja, de fato, disponível para quem precisa. 

O Brasil é o terceiro país com maior número de pacientes com hemofilia no mundo⁴, e parte dessa população já poderia estar recebendo uma medicação mais moderna desde agosto do ano passado. 

Está faltando apenas a publicação de um documento, o Protocolo Clínico e de Diretrizes Terapêuticas (PCDT), elaborado pelo Ministério da Saúde, para que isso aconteça. Assim como os pacientes, também sigo esperançoso de que com a virada do ano isso vai se tornar realidade.

 REFERÊNCIAS: • CONITEC: http://conitec.gov.br/tecnologias-para-hemofilia-a-sao-incorporadas-no-sus • Manual de Hemofilia: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_hemofilia_2ed.pdf • Ozelo et al, (2022). “Extended half-life recombinant factor VIII treatment of hemophilia A in Brazil: an expert consensus statement”. HTCT – Hematology, Transfusion and Cell Terapy. https://doi.org/10.1016/j.htct.2022.11.008 • Annual Global Survey 2020 WFH • Wiley, R.E. et al, From the voices of people with haemophilia A and their caregivers: Challenges with current treatment, their impact on quality of life and desired improvements in future therapies; Haemophilia 2019. • Coyle, T. E. et al, Phase I study of BAY 94-9027, a PEGylated B-domain-deleted recombinant factor VIII with an extended half-life, in subjects with hemophilia A; Jounal of thrombosis and haemostasis, 2014. • Reding, M.T., et al, Confirmed long-term safety and efficacy of prophylactic treatment with BAY 94–9027 in severe haemophilia A: final results of the PROTECT VIII extension study; Haemophilia, 2021 • CONITEC: https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/artigos_publicacoes/20211202_relatorio_oficina_limiares.pdf TIAGO DIAS – Diretor da área terapêutica Especialidades da Bayer no Brasil. •

Ministério da Saúde Incorpora Novos Medicamentos Para Hemofilia

Comunicação CFF 15/02/2022

 Ministério da Saúde Incorpora Novos Medicamentos ao tratamento da hemofilia A Alfarurioctocogue pegol e o alfadamoctocogue pegol.

  O Ministério da Saúde (MS), através da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde (SCTIE), publicaram nos dias 11 e 14 de fevereiro, respectivamente, no Diário Oficial da União, as portarias no 10 e 11 de 2022, que incorporam o alfarurioctocogue pegol e o alfadamoctocogue pegol ao tratamento de pacientes com hemofilia A no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

 As incorporações ocorrem após subsídios adicionais obtidos por meio das consultas e audiência públicas realizadas pelo Ministério da Saúde em 2021.

 A hemofilia é uma doença hereditária que se caracteriza pela deficiência na coagulação do sangue, fazendo com que o paciente tenha dificuldade para estancar sangramentos.

 Ambos os medicamentos incluídos no SUS impactam diretamente na rotina do tratamento, diminuindo a frequência das intervenções endovenosas necessárias. As portarias também esclarecem que as incorporações poderão ser submetidas a novo processo de avaliação pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), caso sejam apresentados fatos novos que possam alterar os resultados das análises efetuadas. 

 Confira as Portaria SCTIE/MS no 10 e 11/2022 clicando aqui. 

Atualização 

Até abril de 2024 ainda aguarda publicação de PCDT. Não estando disponível para os pacientes ainda.


Relato de Uma Pessoa Com Hemofilia Dos aMS Anos 70.

Relato de Uma Pessoa Com Hemofilia Dos 
Anos

Amigo já com seus 60 anos.

Nao peguei algumas situações que ele narra, cresci nos anos 80, que já não era facil. Segue o relato: "²mPeço permissão para deixar aqui um depoimento um tanto longo.

Acho que olhando pra trás vejo a situação hoje dos hemofílicos dessa nova geração uma benção comparando com meus tempos de criança, quando não existia nenhum remedio nem recurso algum pra ser aplicado em um hemofílico que sofria uma hemorragia intra muscular ou nas articulaçoes ou um sangramento. 

Único recurso que eu recebia era bolsas de sangue, ou melhor vidros pois naquela época eram feito doações de sangue direto em coletores de vidro, cheguei a receber sangue direto do braço do doador sem fazer exames pois era isso ou morrer, após forte hemorragia de nariz. 

Dentes, você nao tinha dentista que aceitasse tratar com medo de obtutar ou tratar um canal, arrancar nem pensar. Sofri muito com dores de dente de inflamar e vir a furo e complicar ainda mais, ficar com a metade do rosto inchada. Ter que passar até 2 meses gritando de dor com hemorragia interna no joelho depois de cair... sofria de dor e sofria por ver minha mãe ajoelhada ao lado da minha cama no hospital chorando e rezando pra Deus mandar um alivio para que eu pelo menos conseguisse dormir pelo no mínimo 1 hora pois já passavam quase 2 meses e eu não conseguia dormir mais que 30 minutos no dia, a não ser qdo o sono vencia minha dor e eu desmaiava cançado mas mesmo assim sentindo as dores fortissimas enquanto o sono tentava me enganar. 

 Meu pai foi um homem ausente pois alguém tinha que trabalhar pra pagar as contas dos internamentos e tiveram que após um longo períodos de internamento. meu por motivo de um grande corte nos labiús onde ultrapassou pro lado de dentro causando uma sangria desatada uma enorme hemorragia onde inchou tanto meu rosto que veio a furo no lado da buchecha causando outro sangramento onde o sangue sem mentira nenhuma fez uma bica tão forte na hora que estourou que manchou o teto do quarto com a força da pressão ; Meus pais venderam a única casa que conseguiram comprar com tanto sacrificio pra pagar a conta do hospital e venderam com promissorias para um irmão de minha mãe que foi um crapula na época , pedindo para ver as promissorias e ver quantas faltavam pra pagar e minha mãe na inocência entregou nas mãos dele pra ele ver qtas faltavam e o irmão dela rasgou as ultimas 3 promissorias que devia dizendo que já tinha pago que chega e não iria mais pagar o restante, ficando meus país sem casa vivendo de favor e ainda devendo no hospital que tinham parcelado os gastos. 


 Assim foi se passando os anos até a idade de meus 12 anos onde conseguimos contato com Curitiba no hospital pequeno principe , onde comecei o tratamento com o tal CRIO que era tirado do plasma após rodar em uma maquina que veio da alemanha e que em alta rotação separava o plasma desse outro concentrado. Ficamos nessas idas e vindas de Francisco Beltrao pra Curitiba e começando a se tratar na Santa Casa em Ctba onde conheci muitos outros hemofilicos pois até então eu achava que era só eu que sofria com aquela situação. Perdi muitos amigos que fiz e que eram hemofilicos com Aids e depois com hepatite C que na época não tinha tratamento. Contrai também hepatite C mas na época ja havia remedios pra isso era quase uma quimioterapia os sintomas que causava as aplicações de inerferon com 8 comprimidos de Ribavirina. Perdi na época mais de 20;kilos fiquei um ET , mas consegui negativar em 3 meses de tratamento. 


Também tive que ver minha mãe muitas vezes apanhar de meu pai na minha frente e não poder socorre-la por estar em uma cama , gritava de dor mas meus gritos de socorro eram mais doidos pois ninguém me ouvia, meu pai começou a beber muito se tornou um homem violento e se achava muitas vezes despresado por minha mãe por ela já não lhe dar atenção que ele merecia e muitas vezes me senti culpado pois o tempo dela que poderia ser dele ela ocupava comigo o dia todo ao meu lado e muitas vezes a noite toda e qdo se deitava ao lado de meu pai ela simplesmente desmaiava de cansaço e isso foi a causa da violência do meu pai contra minha mãe e da bebedeira... 

 DESCULPEM ESSE DESABAFO MAS EU NUNCA TINHA CONSEGUIDO FAZER ESSE DESABAFO E VI AQUI UMA OPORTUNIDADE.

 E assim foi muitas e muitas lutas e vitórias até chegar esse fator VIII abençoado que trago pra casa e me aplico assim que sinto que algo vai complicar pois com 54 anos hoje eu sei identificar qdo a hemorragia esta acontecendo e faço logo o fator sem chegar a ter dores fortes, já resolvendo o sangramento no começo oque no passado não teria como e vc já sabia o calvário que iria enfrentar. A história real da minha vida daria um livro por isso vou parar por aqui. 

Só pra deixar claro depois de anos de loucura do meu pai referente as bebedeiras ele se conscientizou depois de cair na real e ver o estrago que causou nas nossas vidas e na dele, parou de beber e dar tiros de revolver nos pés de minha mãe , parou de bater e quebrar a casa toda , oq fazia todos os dias durante anos e minha mãe aguentou queta pois não podia cuidar de mim pra trabalhar , até tentou separar dele, ficou 6 meses separada mas se obrigou a voltar pois eu era a pessoa mais importante pra ela naquele momento então eles voltaram e ele parou de beber e bater nela e foi durante mais de 30 anos depois que parou de beber o melhor esposo e o melhor pai que alguem poderia ter. Faleceu a 3 anos . 

 Minha mãe esta com saude graças a Deus com quase 80 anos , ela sempre quis morar sozinha e é uma guerreira até hoje. Me liga todo santo dia pra perguntar como estou. 

 Agradeço a Deus pela mãe que ele me deu e pela recuperação do meu pai e tambem pela descoberta desse fator VIII Que me manteve vivo até hoje. 

Desculpa aí gente. THE END !



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