Consulta Pública Conitec/SECTICS nº 73/2025 - Emicizumabe para o tratamento profilático de pacientes com hemofilia A grave ou com nível de atividade de fator VIII inferior a 2%, sem anticorpos inibidores
Participe dessa consulta que pode mudar positivamente o tratamento de pessoas com hemofilia
Por Maximiliano Anarelli de Souza — Brasília
Infelizmente na 142ª Reunião Ordinária da Conitec - Comitê de Medicamentos, onde esteve em apreciação inicial o Emicizumabe para o tratamento profilático para pacientes com hemofilia grave ou com nível de atividade de fator menor que 2% sem inibidor com até 6 anos de idade no início do tratamento teve parecer desfavoravel. Mas agora a uma segunda oportunidade com a consulta pública.
O impacto no orçamento devido ao preço mais caro do Emicizumabe em relação ao atual tratamento oferecido pelo SUS foram alguns dos pontos que levaram a esta decisão.
Porém se levar em conta que serão menos doses, hoje a profilaxia é realizada com aplicações de duas a três vezes por semana, e o Emicizumabe de 15 em 15 dias, podendo chegar a ser mensal. Ainda a os custos indiretos que podem ser economizados com a incorporção - considere que, sim, a profilaxia com os tratamentos atuais proporcionam a possibilidade de vida com mais segurança e com menos restrições que quando ainda não existia, porém evidências mostram que algumas hemorragias ainda podem ocorrer, e o Emicizumabe apresenta menos hemorragias. Não se trata só de maior facilidade na aplicação.
Os fatores recombinantes e plasmáticos atualmente como padrão de tratamentos são seguros e eficazes e oferecem relativa proteção profilática. Sua meia vida é de 12 horas, ou seja permanece a 100% do aumento do nível de fator com a aplicação por 12 horas, depois começa a diminuir gradativamente. Assim aplicações de 2 a 3 vezes por semana podem ter uma janela. O Emicizumabe permanece 15 dias
Adultos e jovens tendem a ter menos hemorrA agias que crianças na primeira infância, e quando as tem podem rapidamente aplicar uma dose de ataque para parar a hemorragia. Já crianças podem ter dificuldade com essa identificação e muitas vezes tentam esconder dos pais que esta com intercorrências. Oferecer o Emicizumabe a todos ficaria muito caro. Assim a opção e a liberação para perfis de maior prioridade. Por isso até agora só está disponível o Emicizumabe no Brasil para quem tem inibidor, a princípio ssndo incorporado para quem desenvolveu inibidor, tentou o tratamento de imunotolerância e não teve resultado positivo, e algum tempo depois estendido também para quem não desenvolveu inibidor. Nesse caso o fator hoje usado como tratamento padrão não tem efeito e as alternativas nao são tão eficazes. Então se considerou essa relação custo benefício. Agora se tem a oportunidade de estender para quem tem até 6 anos de idade, mesmo sem inibidor. Esse perfil. A definição dessa idade é não todos se da porque seria essa população até 6 anos menor e portanto menor impacto orçamentário. Mas ainda assim teve parecer desfavorável.
A "consulta pública da CONITEC" é um processo no qual a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (CONITEC) abre um período para que a sociedade possa expressar sua opinião e fazer contribuições sobre a inclusão ou exclusão de medicamentos, tratamentos e tecnologias de saúde no SUS".
- ■ Sobre a vida util, permanece mais tempo no organismo e assim exige menos necessidades de doses. Alem de assim dar mais proteção contra as hemorragias.
- ■ Pode citar que relatos de pessoas que já usam Emicizumabe mostram que a ocorrência de hemorragias diminui muito - hemorragias articulares recorrentes podem levar a sequelas da hemofilia. Sequelas fisicas.
- ■ A mais fácil aplicação aumenta e facilita a adesão ao tratamento As próprias punções intravenosas em crianças pequenas com hemofilia podem gerar hematomas. Em geral os próprios pais precisam aprender e aplicar pois moram distantes dos centros de tratamento, mais dificil com a necessidade de puncionar a veia.
- ■ Apesar da profilaxia, muitas crianças com hemofilia A sem inibidores, tratadas com FVIII, têm dor crônica e possuem articulações acometidas. Como resultado, a qualidade de vida e o bem estar da criança é comprometida.
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