POR: UFMG, quarta-feira, 10 de julho 2024, às 08h58
Professora da Medicina lidera diretriz internacional para tratamento de hemofilia.
Documento fornece orientações estruturadas para tomada de decisão por médicos, profissionais de saúde, pacientes e seus cuidadores.
Suely Rezende destaca a importância de tomar decisões consistentes com os valores individuais dos pacientes
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Foto: Researchgate.net |
A professora Suely Rezende, do Departamento de Clínica Médica (CLM) da Faculdade de Medicina, liderou um grupo com 14 especialistas de diversos países na formulação de uma diretriz internacional de prática clínica para o tratamento da hemofilia congênita A e B.
O documento fornece uma visão abrangente de recomendações que proporcionam segurança para tomada de decisões informadas sobre o tratamento da doença a médicos, profissionais de saúde, pacientes e seus cuidadores.
É a primeira vez que uma diretriz com essa finalidade utiliza a metodologia de Avaliação, Desenvolvimento e Classificação de Recomendações (Grade).
A iniciativa é da Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia (ISTH), que reuniu, num painel multidisciplinar, médicos e representantes de pacientes de todo o mundo.
Abrangência e transparência.
O ponto culminante desse esforço é um conjunto de 13 recomendações, que foram submetidas a análises rigorosas, incluindo comentários públicos, o que garantiu abrangência, transparência e inclusão.
De acordo com Suely Rezende, a nova diretriz ilustra e enfatiza a importância do envolvimento do paciente e da tomada de decisão compartilhada nas decisões de tratamento e defende escolhas terapêuticas individuais e situacionais. Além disso, preenche lacunas importantes nos dados científicos e identifica prioridades críticas de investigação.
“Como o manejo da hemofilia é complexo, nossas diretrizes fornecem clareza, orientando as decisões de tratamento com informações baseadas em evidências, mas destacando a importância de tomar decisões de tratamento consistentes com os riscos, valores e preferências individuais dos pacientes”, afirma a professora.
A ISTH é principal organização médico-científica internacional dedicada a promover a compreensão, a prevenção, o diagnóstico e o tratamento de condições relacionadas à trombose e à hemostasia.
A hemofilia, distúrbio hemorrágico raro resultante de deficiências nos fatores de coagulação sanguínea, afeta centenas de milhares de indivíduos em todo o mundo.
Mais informações estão disponíveis no site da ISTH.
Cientistas do mundo inteiro discutiram a temática no Congresso da ISTH, em Bangkok, no fim do mês de junho
Cientistas do mundo inteiro discutiram a temática no Congresso da ISTH, em Bangkok, na Tailândia, no fim do mês de junho.
Fonte: Divulgação
Centro de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG
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